O gamão é um jogo misterioso, cabalístico, repleto de nuances técnicas diversas, moldadas nas bordas do tempo, precisando a todo o momento de intensas observações de suas particulariedades.
Diz-se inclusive que, apesar da prática e do estudo frequentes, poucas pessoas conseguem jogá-lo com perfeição.
Após o surgimento dos programas de computador e sua enorme capacidade de cálculos, foi possível fazer uma revisão conceitual, desde a formação das pedras até a retirada da última num final glorioso.
Formação inicial das pedras? Ainda há dúvidas à respeito? Sim e como! Não muito distante de hoje, em 2004, Fernando Quental em seu belíssimo e surpreedente livro "Epistemologia e História do Gamão", levantgou a poeira do tempo e colocou uma dúvida sobre esta formação ao escrevcr: "não entendo como o gamão moderno se cristalizou num tabuleiro de 24 casas, 15 pedras (seriam 30) e um rolamento de um dado cúbico platônico".
E, consolidando suas dúvidas que têm o sabor de uma insatisfação, sugere um tabuleiro de 32 casas, 20 pedras de cada lado (40 ao todo) e dois dados octaedros platônicos.
Tambvém o referido escritor não entende o porquê da formação inmicial das pedras nas casas 24,13,8 e 6 na visão de um determinado jogador, e a formação em 1,12,17 e 19 na visão do outro jogador.
Vai mais adiante Quental. "O tabuleiro seria maior, contudo, mais simples".
Não queremos ser do contra, mas alguém precisa ir contra essas idéias estapafúrdias, a começar pelo tamanho do tabuleiro. Para se ter uma idéia, o gamão de 24 casas (gamão normal de campeonatos) já é, em si, entre os jogos de tabuleiro o maior de todos, seguramente duas vezes maior do que um tabuleiro de xadrez e quase isto de relação a uma tabuleiro de damas.
Com a atual dimensão, o tabuleiro de 24 casas já foge técnicamente ao campo de visão normal de quem olha a peça de uma altura aproximada de 40 a 50 centímetros, que é a altura média proporcionada por um jogaqdsor sentado à frente de uma mesa onde estará apoiado um tabuleiro de gamão.
Nessas circunstâncias, o jogador já se obriga a desiar o olhar para a direita e para a esquerda, a fim de abranger todo o campo de jogo. Por esta razão, às vezes não enchega determinados lances envolvendo pedras extremadas. É comun!
Fosse o gamão dimensionado num tabuleiro de 32 casas, naturalmente que esse campo de visão ficaria ainda mais restrito, precisando talvez a deslocação do pescoço para ajudar na abrangência de todo o campo ou, até mesmo, obrigar ao jogador jogar em pé.
Aliás, isto não é nenhuma novidade. Em Recife tem um jogador de estatura muito baixa. Se fosse jogar num tabuleiro de 32 casas, teria que subir numa escada.
Enquanto isto, o jogador de xadrez e de dama, com seus tabuleiros bem dimensionados, em torno de 50x50 ou até menos, 43x40, têm seu campo de visão absolutamente normal, desde que a abrangência de seu campo visual atinge todo o tabuleiro. Às vezes até, o jogador de xadrez chega a debruçar-se ainda mais sobre o tabuleiro para aumentar a concentração.
A última palavra define bem a questão: "concentração" que um maior esforço visual deve influenciar negativamente.
Graficamente, podemos respresentar os casos acima, dessa forma:
Diz-se inclusive que, apesar da prática e do estudo frequentes, poucas pessoas conseguem jogá-lo com perfeição.
Após o surgimento dos programas de computador e sua enorme capacidade de cálculos, foi possível fazer uma revisão conceitual, desde a formação das pedras até a retirada da última num final glorioso.
Formação inicial das pedras? Ainda há dúvidas à respeito? Sim e como! Não muito distante de hoje, em 2004, Fernando Quental em seu belíssimo e surpreedente livro "Epistemologia e História do Gamão", levantgou a poeira do tempo e colocou uma dúvida sobre esta formação ao escrevcr: "não entendo como o gamão moderno se cristalizou num tabuleiro de 24 casas, 15 pedras (seriam 30) e um rolamento de um dado cúbico platônico".
E, consolidando suas dúvidas que têm o sabor de uma insatisfação, sugere um tabuleiro de 32 casas, 20 pedras de cada lado (40 ao todo) e dois dados octaedros platônicos.
Tambvém o referido escritor não entende o porquê da formação inmicial das pedras nas casas 24,13,8 e 6 na visão de um determinado jogador, e a formação em 1,12,17 e 19 na visão do outro jogador.
Vai mais adiante Quental. "O tabuleiro seria maior, contudo, mais simples".
Não queremos ser do contra, mas alguém precisa ir contra essas idéias estapafúrdias, a começar pelo tamanho do tabuleiro. Para se ter uma idéia, o gamão de 24 casas (gamão normal de campeonatos) já é, em si, entre os jogos de tabuleiro o maior de todos, seguramente duas vezes maior do que um tabuleiro de xadrez e quase isto de relação a uma tabuleiro de damas.
Com a atual dimensão, o tabuleiro de 24 casas já foge técnicamente ao campo de visão normal de quem olha a peça de uma altura aproximada de 40 a 50 centímetros, que é a altura média proporcionada por um jogaqdsor sentado à frente de uma mesa onde estará apoiado um tabuleiro de gamão.
Nessas circunstâncias, o jogador já se obriga a desiar o olhar para a direita e para a esquerda, a fim de abranger todo o campo de jogo. Por esta razão, às vezes não enchega determinados lances envolvendo pedras extremadas. É comun!
Fosse o gamão dimensionado num tabuleiro de 32 casas, naturalmente que esse campo de visão ficaria ainda mais restrito, precisando talvez a deslocação do pescoço para ajudar na abrangência de todo o campo ou, até mesmo, obrigar ao jogador jogar em pé.
Aliás, isto não é nenhuma novidade. Em Recife tem um jogador de estatura muito baixa. Se fosse jogar num tabuleiro de 32 casas, teria que subir numa escada.
Enquanto isto, o jogador de xadrez e de dama, com seus tabuleiros bem dimensionados, em torno de 50x50 ou até menos, 43x40, têm seu campo de visão absolutamente normal, desde que a abrangência de seu campo visual atinge todo o tabuleiro. Às vezes até, o jogador de xadrez chega a debruçar-se ainda mais sobre o tabuleiro para aumentar a concentração.
A última palavra define bem a questão: "concentração" que um maior esforço visual deve influenciar negativamente.
Graficamente, podemos respresentar os casos acima, dessa forma:
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Na primeira fiura à esquerda, teriamos o jogador de xadrez ou de dama e sua visão concentrada.
Na segunda figura ainda à esquerda, teríamos o jogador de gamão com um tabuleiro de 24 casas como é atualmente e, por fim, na única figura à direita o jogador de gamão num tabuleiro de 32 casas.
Como se vê, o cone visual vai se abrindo à medida que o tabuleiro cresce à sua frente.
É um esforço extra e como tal deverá desviar a atenção e provocar determinada descontração.
Por esta razão, os construtores de tabuleiros de gamão, hoje pastas de gamão, sofisticadissimas, vêm diminuindo as dimensões dessas peças. Por exemplo, Manoel Cid, o maior construtor de tabuleiros de gamão do Brasil e um dos maiores do mundo, já deve ter percebido esse detalhe. Suas primeiras pastas mediam 60x50, hoje medem 50x37, aproximados.
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