domingo, 25 de outubro de 2009

AVALIAÇOES INDEPENDENTES

Não se constituindo um sistema em si, desde que mais conceituais ou quase isto, as avaliações independentes podem, por si só, determinar a colocação do dado de dobre, independentemente de outros fatores da posição. São elas:

ÚLTIMO ROLAMENTO
CORRIDA SEM CONTATO
CROSSOVER
PEDRAS COMIDAS
PRIME
CONCEITUAIS
FINAIS DE JOGO
ESCORE

ÚLTIMO ROLAMENTO

No caso específico de último rolamento, o limite de dobrar se situa numa faixa entre 50% a 75%. Ilustremos a questão com o seguinte diagrama:
Esta posição é um bom exemplo de uma situação de último rolamento. As Pretas vão rolar e podem obter um ponto que lhes permita comer ambas as pedras, ganhando o jogo. Caso contrário, perderão.

Quais são as chances das Pretas vencerem nesta posição? Deveriam colocar o dado? Para entender isto, usemos as probabilidades da posição. Contemos os rolamentos que ganham o jogo. Não dobradas: 6x5 – 6x4 – 6x3 – 5x4 – e 5x3 num total de 10 possibilidades. (Lembrem-se que as não dobradas contam 2 pontos).

Agora, contemos as dobradas que comem as duas pedras: 6x6 – 5x5 – 4x4 -3x3 num total de 4 pontos (cada dobrada conta 1 ponto, lembram-se?).

Somando os dois resultados, teremos um total de 14 rolamentos que comem as duas pedras situadas nas casas 5 e 3.
Como já se sabe, existem 36 rolamentos possíveis em dois dados. Temos 14 rolamentos favoráveis. Façamos um pequeno cálculo: 14/36= 38.3%.

Logo, as Pretas não são favoritas e não devem dobrar, pois estão abaixo do limite mínimo de 50%. Entendido? Mudemos o diagrama para o seguinte:
Da posição anterior, a pedra em 3 avançou uma casa estando agora situada na 2. A pedra em 5 continua lá. É o que mostra o diagrama acima.

Neste caso, as não dobradas que comem as referidas pedras são 6x5 – 6x4 – 6x3 – 6x2 – 5x4 - 5x3 e 5x2, que perfazem 14 pontos (7x2= 14).

Já as dobradas que comem as duas pedras são 6x6 – 5x5 – 4x4 -3x3 e 2x2, num total de 5.

Somando os dois resultados 14 e 5, temos um total de 19 rolamentos que comem as duas pedras em 5 e em 2. Isto representa uma probabilidade de 52,7% (10/36=52%). Logo, as Pretas são favoritas e deverão dobrar, pois estão acima de 50% recomendados.

E as Brancas como ficam? O que devem fazer? Aceitar ou rejeitar o dado de dobre? Analisam que ainda possuem 47.3% de chances de vitória e desde que o limite de pegar se situa em 25%, aceitam o dado.

É aquela velha história dos 3 em 1 visto em postagem anterior. 100 partidas perdidas em choette de R$1.00 o ponto, representam R$100.00. 25 ganhas com o dado em 2, representam R$50.00. 75 perdidas com o dado em dois representam R$150.00. A diferença entre partidas ganhas e perdidas que é R$100.00, é exatamente igual se todas as 100 partidas fossem perdidas a R$1.00 o ponto. É o chamado princípio 3x1, lembram-se?

Dessa maneira, podemos constituir o seguinte conceito:

O PONTO DE PEGADA NUM ÚLTIMO ROLAMENTO SE SITUA EM 25%

Condensando tudo que até então vimos, podemos concluir o que segue: Se temos menos de 50% de chances de vitória, não devemos dobrar. Se, no entanto, as chances de vitória forem maiores do que 50%, contudo, menos do que 75%, deveríamos dobrar e o oponente deveria pegar.
Se nossas chances de vitória forem maiores do que 75% deveríamos dobrar e o oponente deveria passar.


E se as chances de vitória forem exatamente às mesmas, isto é, 50% para cada um dos jogadores? Neste caso, não se deve dobrar. Geralmente, quem está prestes a rolar, sente uma vontade imensa de dobrar. Mas é perigoso! É acreditar na sorte. Quem se acha sortudo que o faça.

O grande problema que se apresenta nessa questão de último rolamento, é definir com absoluta precisão se a posição é efetivamente de último rolamento. Se não for, o limite de dobrar é, em tese, 75%.

Determinado setores do gamão, orientam que em casos de redobrada (o dado já está em 2 e vai para 4), o limite de redobrar deverá estar entre 77% a 78%.
Ocorrendo um engano de avaliação posicional, como por exemplo, um jogador dobrar com apenas 55% de vantagem, julgando tratar-se de último rolamento, estará arriscando entre outras coisas, a concessão do dado de dobre ao adversário que, com toda a certeza, haverá de aceitá-lo e redobrar em seguida.

Veremos este assunto na próxima postagem. Tem cara que se engana, mesmo!

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